maio 23, 2014 | Nenhum Comentário |
Na foto, da esquerda para a direita, Kevin Drew (E.U.A), Carolina (Intérprete), Joan Mac (Espanha) e Sidney Bispo (Superintendente da S.L.U.)
No encontro dos representantes do Movimento Lixo Zero e Joan Mac (Espanha) e Kevin Drew (Estados Unidos) com gestores públicos da Prefeitura de Belo Horizonte, especialistas e técnicos convidados foi apresentado o contexto da destinação de resíduos sólidos na capital. Participaram também representantes do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), da equipe Insea e do Observatório da Reciclagem Inclusica e Solidária (ORIS). A atividade aconteceu na manhã desta quinta-feira (22), na sede da Prefeitura. Na ocasião, Aurora Pederzolli, chefe do Departamento Programas Especiais da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) apresentou o modelo de gestão da cidade.
COLETA SELETIVA COM CATADORES
Refletindo os desafios e perspectivas dos resíduos, Sidney Bispo, Diretor Superintendente da SLU, anunciou a intenção de Prefeitura, através de estudos realizados, em transferir toda a coleta seletiva para os catadores de materiais recicláveis. “Queremos desenvolver um plano de gestão com prioridade para a inclusão social dos catadores”, destacou. Bispo considera que os catadores precisam passar por ampla capacitação, para atuarem de forma efetiva na coleta seletiva , considerando toda a lógica do mercado da reciclagem. “Vamos estabelecer políticas de longo prazo com foco na sustentabilidade e participação da sociedade no direcionamento do Plano de Resíduos”, afirmou. O superintendente anunciou que o Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos (PMGRS) de Belo Horizonte já está finalizado, e será colocado para consulta pública e contribuições da população no mês de junho.
SER HUMANO COMO PRIORIDADE
Sônia Dias, socióloga, pesquisadora da Organização Não Governamental WIEGO (Mulheres no Emprego Informal: Globalizando e Organizando) e membro do Observatório da Reciclagem Inclusiva e Solidária (ORIS) apresentou a pesquisa sobre o monitoramento do comércio informal com destaque para os catadores, uma vez que a pesquisa tem também com base os ambulantes e trabalhadores baseados no lar. Segundo a pesquisadora, dos dados constatam que é preciso mais diálogo para avançar as relações poder público e catadores. Com base nos dados, Dias afirmou que a sobrevivência é a questão central do trabalho da catação. Sendo assim, ela considera que “o modelo de gestão de resíduos adotado deve ter o ser humano como centro.” E prospectou “é preciso uma relação integrada e preventiva, levando em conta todas as variáveis, para efetivos avanços nas políticas da reciclagem de resíduos”.
Matéria produzida por Antônio Coquito, jornalista e assessor de comunicação do INSEA
A dedicação e empenho dessas instituições, tornaram possíveis a produção e continuidade dos projetos desenvolvidos pelo INSEA.