Aconteceu em Roma nesta semana o Simpósio Internacional sobre a Pastoral de Rua, promovido pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes. A finalidade do Simpósio é estudar estratégias eficazes para combater a chaga dos moradores de rua e de suas famílias.
A membro da coordenação nacional da Pastoral do Povo de Rua no Brasil e uma das fundadoras do Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável (INSEA), Irmã Cristina Bove, apresentou na segunda-feira (14/09/2015) a questão “Fenômeno das crianças e das mulheres de rua na América Latina”. Ao final do encontro, que aconteceu durante essa semana, Cristina entregou ao Papa Francisco a Oração do Povo da Rua feita por Dom Pedro de Casaldáliga.
“Durante esse encontro conversamos muito sobre as questões que fazem essas pessoas viverem e sobreviverem nas ruas. A gente percebe que tem todo um sistema que está provocando esta situação. Um sistema onde as pessoas passam a serem produtos. Tudo é visto como uma mercadoria. As cidades se urbanizam e urbanizam também as pessoas. São mães, crianças, adultos e idosos que vivem numa situação de marginalidade por causa desta especulação imobiliária e desta miséria que existe nas cidades. Nós trabalhamos conhecendo a realidade dessas pessoas, criando vínculos e discutindo as políticas públicas para essa população. O Estado tem obrigação de responder a essa demanda e criar possibilidades para essas pessoas”, disse Cristina Bove.
O drama dos moradores de rua é um problema mundial que atinge, principalmente, os grandes centros urbanos. A Pastoral do Povo de Rua tem como missão ser presença junto ao povo da rua e dos lixões, buscando dar apoio a essas pessoas que acabam excluídas pela sociedade.
O INSEA, em parceria com a Pastoral do Povo de Rua, desenvolve projetos em Minas Gerais em defesa dos cidadãos que se encontram fragilizados e com os seus direitos violados pelo atual sistema.
A dedicação e empenho dessas instituições, tornaram possíveis a produção e continuidade dos projetos desenvolvidos pelo INSEA.