janeiro 22, 2013 | Nenhum Comentário |
Relatório da OIT afirma que maior parte é enviada ilegalmente
Relatório da Organização Internacional do Trabalho – OIT, afirma que a maior parte do lixo eletrônico produzido pelos países ricos é enviada de forma ilegal para as nações pobres, que carecem de infraestrutura, tecnologia e legislação sobre o tema. Os países chamados em desenvolvimento não têm tecnologias de reciclagem apropriadas nem regulamentação legal para absorver essa vasta quantidade de detritos, o que os torna vulneráveis a problemas ambientais sérios. Essa foi uma das conclusões de um relatório divulgado na última sexta-feira pela OIT.
Segundo o documento intitulado “O Impacto Global do Lixo Eletrônico: Lidando com o Desafio”, boa parte do lixo eletrônico exportado para as nações em desenvolvimento é enviada ilegalmente. Estes detritos acabam por parar em plantas de reciclagem informais, predominantemente em países como China, Índia, Gana e Nigéria. Quando se refere à América Latina, o documento afirma que a maior parte dos países da região ”ainda precisa elaborar uma legislação para o lixo eletrônico”.Segundo o relatório só houve avanços recentes na Costa Rica, o primeiro país latino-americano a criar uma legislação nacional específica sobre o tema.
Ainda de acordo com o estudo, ”as nações em desenvolvimento estão tendo de lidar com o ônus de um problema global, sem ter a tecnologia para lidar com isso. Além disso, os países em desenvolvimento estão eles próprios cada vez gerando maiores quantidades de lixo eletrônico”. O texto cita ainda que há um aumento rápido na geração de lixo eletrônico doméstico produzido na China, no Leste Europeu e na América Latina.
Cerca 40 bilhões de toneladas de lixo eletrônico são produzidas anualmente e estima-se que 70% dos produtos eletrônicos descartados e exportados todos os anos vá parar na China. Muitas vezes, esse lixo exportado para a China é reexportado para outros países do Sudoeste asiático, como Camboja e Vietnã.
De um modo geral, as exportações de pequeno porte são destinadas a países da África Ocidental. Mas o relatório diz que essa proporção deverá crescer devido à adoção de leis mais duras por parte dos países do Sudeste Asiático, que costumavam absorver parte desse comércio.
Entre as recomendações feitas no documento da OIT, está a adoção de legislações apropriadas por parte dos países em desenvolvimento, a regularização do setor informal de reciclagem e a organização de trabalhadores que lidam com detritos eletrônicos em cooperativas.
Foto:Relatório afirma que boa parte do lixo eletrônico exportado é enviada ilegalmente – Getty Images
Fonte: BBC Brasil/ibest
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