Na foto Cleide Maria (catadora mobilizadora) e Lutimar Rofrigues (técnico social) realizam diagnóstico participativo com os catadores da Cooperativa de Materiais Recicláveis de Ribeirão das Neves (COMARRIM) na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH)
Com meta levantar dados dos empreendimentos de catadores de materiais recicláveis, a Rede Cataunidos realiza diagnóstico para conhecer a realidade dos associados e cooperados e das associações e cooperativas das Regiões Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Centro- Oeste e Estrada Real. A coleta de informações começou no mês de março e foi finalizada no mês de maio. Todos os indicadores estão sendo tabulados e darão norte para o planejamento e as ações estratégicas. As informações permitem trabalhar as perspectivas do trabalho conjunto de todas as associações e cooperativas da rede. Gilberto Chagas, catador e diretor secretário da Cataunidos, compreende que os dados são um raio x dos empreendimentos. “O todo conhecido vai nos permitir ter uma visão por onde e como começar”, acrescenta.
OLHAR PARA A REALIDADE
Lutimar Rodrigues, técnico social, comenta que os principais objetivos são conhecer mais perto o perfil dos catadores, a realidade jurídica, a relação das entidades com o poder público e os principais problemas vividos. O conhecimento das situações nos municípios contribuirá uma atuação em rede mais otimizada. O técnico Lutimar afirma “com as informações, vamos construir o plano de capacitação e qualificação nos empreendimentos”.
Ter um conhecimento mais profundo e detalhado de cada associação e cooperativa. Cleide Maria da Silva, catadora e mobilizadora social, destaca que os dados tem possibilitado “conhecer melhor cada grupo, a quantidade de catadores e os dados da produção e da triagem de resíduos”. A mobilizadora comemora com entusiasmo a aproximação com os empreendimentos. “Os grupos estão compreendendo de forma positiva que queremos contribuir para o fortalecimento do trabalho”.
AVANÇAR NA ORGANIZAÇÃO PARA O TRABALHO EM REDE
Os desafios conhecidos contribuem para atitudes planejadas e melhor definidas. Para Lutimar, “apesar de longa experiência em catação, os catadores precisam se capacitar para melhorias na triagem”. Além disto, os dados apontam para a necessidade de outras investidas em aperfeiçoamentos e avanços, que o técnico social enumera “melhorar a administração do empreendimento, aprimorar a organização dos eventos, ter capacitação política, qualificar o relacionamento com o poder público e na defesa de políticas públicas voltadas para resíduos sólidos, atuação na inserção socioprodutiva dos catadores e apoio aos empreendimentos.”
O técnico Lutimar compreende que “a superação dos desafios virão com a formação periódica com participação de todos os catadores”. Cleide Maria também vê na melhoria do trabalho das associações o desafio a ser vencido. “ Precisamos nos organizar e realizar, de fato, o trabalho em Rede”, comenta.
O DIAGNÓSTICO CATAUNIDOS
Conhecer a realidade do empreendimentos é uma das ações do Projeto Projeto Reciclar em Rede – Gerando Renda e Cidadania – resultado da parceria PETROBRAS – através do Programa Petrobras Socioambiental – com a COOPERATIVA DE RECICLAGEM DOS CATADORES DA REDE DE ECONOMIA SOLIDÁRIA (CATAUNIDOS), Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e Instituto Nenuca de Sustentável (Insea).
A Cataunidos reúne cerca de 1.000 (um mil) catadores de 35 (trinta e cinco) associações e cooperativas das regiões O investimento contribui, de forma efetiva, para que o trabalho socioambiental dos catadores avance no processo destinação dos resíduos e reciclagem.
Matéria produzida por Antônio Coquito, jornalista e assessor de comunicação do Insea
A dedicação e empenho dessas instituições, tornaram possíveis a produção e continuidade dos projetos desenvolvidos pelo INSEA.