Representantes das redes Cataunidos e Rede Sol-MG participaram nesta quarta-feira, 18/11/2015, de uma reunião de apresentação dos resultados do Programa Água Brasil, iniciativa do Banco do Brasil em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), a Fundação Banco do Brasil e a WWF-Brasil. A Coordenadora de Educação para a Sociedade Sustentável da WWF, Mariana Valente coordenou o encontro e falou da importância do Programa e seus avanços na Capital Mineira.
“O principal destaque que temos no Programa Água Brasil em Belo Horizonte foi o empoderamento que os catadores tiveram com as poucas experiências e capacitações que nós tivemos condições de realizar junto a eles. Vejo hoje, ao final no Programa, quando estamos conseguindo conversar com todos os parceiros, ter capacitado e fortalecido os catadores tivemos um resultado muito positivo.”, ressalta Mariana Valente.
A presidente da Rede Sol, Ivaneide Souza, também falou sobre a importância do Programa no desenvolvimento das cooperativas que formam a rede. “Os nossos equipamentos eram fornecidos pelos nossos próprios compradores. Isso nos deixava nas mãos dessas pessoas, limitando a nossa comercialização. Hoje, praticamente todas as cooperativas da Rede têm equipamento próprio. Tivemos um avanço significativo na qualidade do nosso trabalho e em nossas vidas. É um projeto que impactou positivamente os empreendimentos de BH”.
Também participaram da reunião representantes de outras instituições, parceiras do programa em Belo Horizonte, como a Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte (SLU) e do Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável (INSEA). O representante do Banco do Brasil, José Ivan, responsável por acompanhar o programa em Belo Horizonte, participou da reunião e compartilhou da importância do trabalho dos catadores para os centros urbanos. “A causa dos catadores já está difundida dentro do Banco do Brasil. Abraçamos essa ideia e acredito que é hora da população em geral fazer o mesmo”, ressaltou Ivan.
A Técnica Social do INSEA, Leila Regina, que atuou junto dos catadores ao longo do programa destacou a importância da metodologia do INSEA em acompanhar os catadores em seus empreendimentos, mas sem comprometer a autogestão dos próprios trabalhadores. “É necessário entender o processo de educação e crescimento dessas pessoas envolvidas com o trabalho da catação. Entendemos que o nosso papel é de acompanhar esse crescimento pessoal e coletivo oferecendo auxílio técnico”, disse.
Ao longo do programa foram adquiridos: seis empilhadeiras, três trituradores, dois veículos e dez prensas. Essas aquisições foram destinadas para os empreendimentos que fazem parte das duas redes, Cataunidos e Rede Sol-MG, visando a melhoria das condições de trabalho dos associados/cooperados, assim como aumentar a capacidade produtiva das organizações, gerando trabalho e renda em condições de cooperação e eficiência, melhorando paralelamente a qualidade do meio ambiente urbano e otimizando o fluxo de coleta, recepção e escoamento dos materiais triados.
A dedicação e empenho dessas instituições, tornaram possíveis a produção e continuidade dos projetos desenvolvidos pelo INSEA.