abril 25, 2014 | Nenhum Comentário |
Ontem (24), na abertura do Seminário CENTRO NACIONAL DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS (CNDDH) PARA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA E CATADORES DE MATERIAL RECICLÁVEL: REFLEXÃO, CONSOLIDAÇÃO E PERSPECTIVAS, a ministra Ideli Salvati, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) firmou compromisso com a continuidade dos trabalhos desenvolvidos pelos CNDDH. “Os Centros de Defesa são a única política organizada para estes cidadãos brasileiros em situação de vulnerabilidade”, declarou a ministra.
O evento, que começou ontem, termina hoje (25) com a participação de representantes de diversas regiões do país dos Movimentos Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), autoridades e especialistas – que analisam a consolidação do projeto CNDDH. As atividades acontecem na Escola Sindical 7 de outubro, no Barreiro, em Belo Horizonte (MG). Participaram também do evento, Luciano Marcos da Silva (Diretor Presidente do Insea), Marislene Nogueira (Coordenadora de Projetos Insea), Antônio Coquito (assessor de comunicação Insea) e Gilberto Ghagas (Catador – equipe de Mobilização Insea)
COMPROMETIMENTO COM O CNDDH
A desigualdade social é um desafio de todo momento. A ministra Ideli Salvati considera que a vulnerabilidade, que nega vida adequada , deve ser combatida como princípio na lógica do fazer político. “Superar a exclusão não se faz tratando todo mundo igual. Quem tem menos ou é mais prejudicado, precisa de maior apoio e atenção”, defendeu. Com foco na continuidade das ações do CNDDH, a ministra anunciou a execução da agenda de convergência. Ela cita os pontos principais desta agenda “encontrar saídas para o funcionamento do CNDDH, promover o avanço nas políticas públicas, compromisso de inclusão da população de rua e catadores nas estruturas de legado da Copa, federalizar os crimes de Goiás junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e realização da Audiência Pública sobre a temática da População de Rua e Catadores no Congresso Nacional”.
A realidade da população de rua e dos catadores criou uma agenda de compromissos do Ministério Público de Minas Gerais. Para Paulo César Vicente de Lima, promotor e coordenador da Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais –Cimos – “o M.P. de Minas foi abraçado pela causa do CNDDH e a causa do CNDDH foi abraçada pelo M.P.”. Ao colocar os catadores e a população de rua no centro da pauta na promotoria mineira, o coordenador da Cimos comemora “o tema ganhou prioridade número um (01) do M.P. brasileiro”. Para nós, “ a dignidade humana é fundamental”, pontuou Paulo Lima.
POLÍTICAS FORTALECIDAS
A catadora Madalena Duarte, representante do MNCR/Cataunidos, defendeu a unidade. “O trabalho conjunto de catadores e população de rua junto aos CNDDHs é um caminho de inclusão e cidadania”, argumentou. Os avanços no campo das políticas públicas são desafiantes. Madalena, ao se referir a possível paralização dos Centros de Defesa, refletiu defendendo que “construir política inclusiva não é fácil.” Para ela, os administradores devem priorizar o ser humano na gestão das cidades. “Quem sai de casa é porque falta perspectivas”, disse.
Lançando um olhar otimista, padre Nelito Dornelas, representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse que o momento é de avaliar a caminhada do CNDDH e dar passos seguros no seu fortalecimento. E classificou “o Seminário aponta para o prelúdio do que devemos viver. Ele tem o sabor de profecia para uma sociedade do bem viver”. O representante da CNBB sentenciou “os catadores e o povo da rua são profetas e profetizas de um novo tempo”.
O CENTRO DE DEFESA
Previsto no Decreto Presidencial nº 7.053/2009, o CNDDH constitue-se num espaço de ação política direcionada a assegurar a promoção e defesa dos direitos humanos da população de rua e catadores de material reciclável. Os Centros foram implantados para atender aos objetivos da Política Nacional para a População de Rua.
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Matéria produzida por Antônio Coquito, jornalista e assessor de comunicação do INSEA.
A dedicação e empenho dessas instituições, tornaram possíveis a produção e continuidade dos projetos desenvolvidos pelo INSEA.