CATADORES DA REDE CATAUNIDOS RECEBEM EQUIPE INSEA/MNCR

ATIVIDADES MARCAM A REVITALIZAÇÃO  DO  TRABALHO EM REDE

Na semana de 21 a 24 de janeiro, a equipe de técnicos e mobilizadores sociais da  Cooperativa de Reciclagem dos Catadores da Rede de Economia Solidária (Rede Cataunidos), vinculada ao  INSEA e MNCR, visitou as associações e cooperativas que integrantes da Rede nas Regiões Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH, Centro-Oeste e Estrada Real).  As atividades marcam a revitalização do trabalho  de integração em rede dos catadores e catadoras nestas regiões. As ações fazem parte do  Projeto Reciclar em Rede – Gerando Renda e Cidadania, da Rede Cataunidos, unindo em parceria  MNCR, INSEA e Petrobras – através do Programa Petrobras Desenvolvimento e Cidadania.  Com o apoio técnico do Insea, a Rede Cataunidos atua para fortalecer o potencial empreendedor solidário dos catadores em suas associações e cooperativas, integrando 750 (setecentos e cinquenta) catadores e catadoras de materiais recicláveis em  33 (trinta e três) associações e cooperativas de 31 (trinta e um) municípios.

A REDE E OS CATADORES

Lucimar Ramos da Silva, presidente da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis  (ACMR)de Sete Lagoas, avalia como importante a retomada dos trabalhos da Cataunidos. “O apoio da equipe, junto com a gente, ajuda muito nossa associação”, comenta. Ela cita conquistas de equipamentos e melhorias para os catadores da ACMR.  Com a orientação dos técnicos e mobilizadores da Cataunidos, Lucimar lista “conseguimos nos capacitar e qualificar, conquistamos caminhão, prensa, elevadores, triturador de vidro, picotadeira de papel”.  E arremata  a presidente da ACMR “ esperamos avançar  e progredir mais ainda.”

O assessoria e orientação da Rede Cataunidos são destacados por Marleide Alves Rocha, presidente da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Matozinhos (ASMATOZ ). “Estando na rede, vamos aprender mais uns com os outros, vamos conseguir melhorias e os maquinários que precisamos”,  anima-se a presidente da ASMATOZ. Estar integrado contribui para superar desafios e alcançar objetivos.  Marleide aponta  um deles, que é o desejo da conquista de um espaço próprio para a Associação. “Ter um galpão nosso é um grande sonho, para que a gente não corra os riscos de perder o nosso espaço de trabalho”, ressalta a presidente. Ansiedade da expectativa de comemorar o fim do lixão em Matozinhos é citado pela presidente . “A prefeitura deu o prazo de até o início de fevereiro, com a implantação da coleta seletiva e a vinda dos catadores  que estão no lixão para a associação”, explica.

A COMERCIALIZAÇÃO EM REDE

As presidentes da ASMATOZ e da ACMR comemoram as possibilidades da comercialização em rede no trabalho da Cataunidos. “Ainda estamos começando na comercialização em rede, tudo é novo”, explica Lucimar. A criação de uma central de triagem para os resíduos eletroeletrônicos é vista com muito otimismo pela presidente da ACMR. “Recebemos e temos muito material. Precisamos nos organizar melhor”, admite.

A vulnerabilidade na comercialização é vivenciada na ASMATOZ.  Marleide comenta que “os compradores que têm nota fiscal (N.F.) não pagam bem pelo nosso material. Outros que não têm nota pagam melhor”, esclarece. E desabafa “os que têm nota jogam o valor  do nosso material lá embaixo”.   Além disto, aborda Marleide “ficamos prejudicados no Bolsa Reciclagem.”

A REDE CATAUNIDOS  atua com os objetivos de: 1) Promover a capacitação dos catadores e dos empreendimentos que integram a rede; 2) Ampliar o potencial de processamento dos materiais recicláveis, através da coleta seletiva solidária; 3) Criar novas oportunidades de negócios com recicláveis e fortalecer a logística em redes de catadores; e 4) Fortalecer o potencial de participação política dos catadores e da sociedade na gestão dos resíduos sólidos urbanos.

Matéria produzida por Antônio Coquito, jornalista e assessor de comunicação INSEA.

Foto: Antônio Coquito